sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Oxum


Oxum

Deusa dos rios, Oxum carrega consigo predicados de beleza, riquesa e a capacidade de projeção social. É uma ninfa da cultura yorubana, cidade Oshogbo, na Nigéria, está localizada às margens do rio Oxum. Ela é a dona do ovo, a maior célula viva. Na cultura Gêge-Vodú é conhecida como Aziri Tobossi.
Conta-se que quando os orixás chegaram à Terra, costumavam se reunir sem a presença das mulheres. Aborrecida por não poder participar das deliberações, Oxum preparou sua vingança, trazendo a esterilidade às mulheres. Os orixás buscaram ajuda de Olodumaré, que explicou que sem  a presença de Oxum nada poderia dar certo. Dengosa, ela demorou a aceitar o convite para que participasse das reuniões, mas finalmente concordou, e a fecundidade voltou.


  • Dia da Semana: Sábado
  • Cores: Amarelo ouro
  • Comida: Feijão fradinho com cebola e camarão (omolocum)
  • Saudação:  Ora iê iê ô
  • Domínio: Água doce, rios, cachoeiras

Oração a Iemanjá



Salve, Estrela do Mar, deusa poderosíssima,
Mãe e advogada de todos os que navegam no mar agitado da vida!
À vossa valiosa proteção confia-nos o vosso séquito de auxiliares, sereias, ninfas, caboclas do mar, para serem nossas guias, protetoras, consolo e alento durante as tempestades da vida terrestre.
Refugiamo-nos cheios de confiança e fé em vossa aura e manto vibratório.
Seja nossa guia, seja nosso farol, seja sempre nossa brilhante estrela divina que nos orienta, a fim de que nunca pereçamos nem nos falte rumo da rota segura que nos fará desviar dos escolhos do mar agitado da vida material.
Aceitai a minha devoção humilde como símbolo de meu carinho e esperança, para que eu possa trilhar o caminho vital com a mente limpa e o corpo sem os fluidos negativos que possam dificultar minhas atividades.
Assim seja.

Oraçao a Oxum !!!


Dourada é a tua de luz Assim como o ouro que te pertence. Derrama a tua pureza cristalina, Orixá das águas doces. Não permitas que neblina alguma Obscureça o meu desejo mais profundo, Que é conseguir amor mais verdadeiro, Seguro, eterno e duradouro. Estás presente nas cachoeiras, Que são sagradas por si só. Portanto, faz com que se apague Todo sentimento se eu sofrer. Não verterei nenhuma lágrima por aqueles Que não me correspondem no amor. Não sofrerei por ninguém Que, com mentiras, me faltar com o respeito, Porque não permitirás que Frieza, inveja ou ciúmes me traiam. És doce, protectora, Suave e vaidosa, Feminina e sedutora. Ó mãe Oxum! Dá-me o teu axé, Dá-me a tua força, dá-me a alquimia Como o néctar mais sublime, Para eu saber como respeitar e venerar. No mel está o teu segredo, Que eu saberei utilizar.


Marinheiro o amante das aguas!!


Ser marinheiro de Umbanda significa ser eterno amante do mar e de seus mistérios, significa auxiliar pessoas e espíritos necessitados com os recursos do mar, dos mistérios das águas. 
Os marinheiros são milhares de espíritos que em em alguma de suas encarnações viveram do mar, pelo mar e para o mar, dentro de embarcações. Alguns navegaram, outros submergiram nas águas profundas, outros foram arrastados pelas ondas para dentro dele e outros foram levados para outros lugares pelas correntes marítimas. Esses espíritos, quando encarnados, foram capitães do mar, comandantes de navios, soldados da marinha, bucaneiros, piratas, pescadores, navegantes e todos os eternos amantes do mar e dos seus mistérios. 
Os marinheiros, no lado espiritual, vivem submersos no fundo do mar, a realidade aquática da vida, que é a região do povo d’água, os seres aquáticos elementais da água. Nessa dimensão aquática, a água os deixa firmes, ao contrário do que acontece quando incorporados. Na matéria, cambaleiam de forma ondulada, balanceando, ao liberar o poder de seu mistério por meio de ondas magnéticas no campo espiritual do médium e do templo. Seus magnetismos absorvem muito do álcool do corpo do médium e, para não paralisar nenhuma das funções de se médium e dar fluidez e volatilidade às suas vibrações de espíritos, expandindo seus campos magnéticos, estabilizando e equilibrando a incorporação, utilizam a energia do rum ou da cachaça para executar as funções que lhes cabem. 
Incorporados em seus médiuns, os marinheiros se movimentam e dançam como se estivessem se equilibrando sobre o tombadilho de um barco ou de um navio em alto mar, mas o que realmente acontece é que eles se manifestam sob a irradiação de Mãe Yemanjá, cujo magnetismo faz com que eles tenham os movimentos das ondas do mar. Podem ser regidos também por outras mães d’água, como Nanã e Oxum, formando uma linha de “povos da água”.
Seus magnetismos aquáticos dão a impressão de que o solo está se movendo sob seus pés e por isso eles imitam os marujos nos tombadilhos dos navios. 
Esses espíritos são extrovertidos, alegres e cordiais, colocando os consulentes à vontade. São magos nos mistérios aquáticos e trazem-nos a possibilidade de libertação dos nossos entraves. A forte vibração da energia aquática dilui cargas trevosas, purifica pessoas e ambientes e atua no trabalho de cura. Mãe Yemanjá é a senhora do lado de cima da Grande Calunga, o mar, e Omolu é o senhor do lado de baixo da Pequena Calunga, a terra, e sustentador do eterno vai-e-vem das águas. 

Caboclo Boiadeiro!!!



Os Boiadeiros são espíritos de pessoas, que em vida, trabalharam com o gado em fazendas por todo o Brasil. Estas entidades trabalham da mesma forma que os Caboclos nas sessões de Umbanda. 

Usam de canções antigas, que expressam o trabalho com o gado e a vida simples das fazendas, nos ensinando a força que o trabalho tem, e passam como ensinamento, que o principal elemento da sua magia é a força de vontade, pois com ela, talvez consigamos uma vida melhor e farta. 

Nos seus trabalhos usam velas, pontos riscados e rezas fortes para todos os fins. 

O Caboclo Boiadeiro traz o sangue quente do sertão e o cheiro de carne queimada pelo sol das grandes caminhadas, sempre tocando seu berrante para guiar o seu gado. 

Normalmente, eles fazem duas festas anuais, uma no inicio e outra no meio do ano. 

Eles logo são reconhecidos pela forma diferente de dançar, os Boiadeiros possuem uma coreografia intrincada de passos rápidos e ágeis, que mais parece um dançarino mímico, lidando bravamente com os bois.

Seu dia é quinta feira, eles gostam de bebidas fortes como por exemplo: a cachaça com mel de abelha, que eles chamam de meladinha, mas também bebem vinho. 

Fumam cigarro, cigarro de palha e charuto. Seu prato preferido é carne de boi com feijão tropeiro, feito com feijão de corda ou feijão cavalo. Boiadeiro também gosta muito de abóbora com farofa de torresmo. Em oferendas é sempre bom colocar um pedaço de fumo de rolo e cigarro de palha. 

No Terreiro, os Boiadeiros "descem em seus aparelhos" como se estivessem laçando seu gado, dançam e bradam, e assim, criam seu ambiente de trabalho e vibração.

Com seus chicotes e laços vão quebrando as energias negativas e descarregando o Terreiro, as pessoas da assistência e os médiuns, os fortalecendo dentro da mediunidade, abrindo as portas para a entrada dos outros guias e tornando-se grandes protetores, assim como os Exus. 

Quando o médium é mulher, freqüentemente, a entidade pede para que seja colocado um pano de cor, bem apertado, cobrindo os seios. Estes panos acabam, por vezes, como um identificador da entidade, e até da sua linha mais forte de atuação, pela sua cor ou composição de cores.

Alguns usam chapéus de boiadeiro, laços, jalecos de couro, calças de bombachas, e tem alguns, que até tocam berrantes em seus trabalhos. 

Nomes de alguns boiadeiros: Boiadeiro da Jurema, Zé do Laço, Laço de Ouro, Ogum Boiadeiro, Boiadeiro do Lajedo, Boiadeiro do Rio, Carreiro, Boiadeiro do Ingá, Boiadeiro Navizala, Boiadeiro de Imbaúba, João Boiadeiro, Boiadeiro Chapéu de Couro, Boiadeiro Juremá, Zé Mineiro, Boiadeiro do Chapadão, etc ...

Sua saudação: “Getruá Boiadeiro”, “Xetro Marrumbaxêtro”

Os Boiadeiros são entidades que representam a natureza desbravadora, romântica, simples e persistente do homem do sertão, "o caboclo sertanejo". São os Vaqueiros, Boiadeiros, Laçadores, Peões, Tocadores de Viola. O mestiço Brasileiro, filho de branco com índio, índio com negro e assim por diante.

Essas entidades sofreram preconceitos, como os "sem raça", sem definição de sua origem. Ganhando a terra do sertão com seu trabalho e luta, mas respeitando a natureza e aprendendo, um pouco com o índio: suas ervas, plantas e curas; e um pouco com o negro: seus Orixás, mirongas e feitiços; e um pouco do branco: sua religião (posteriormente misturada com a do índio e a do negro) e sua língua, entre outras coisas.

Dá mesma maneira que os Pretos-Velhos representam a humildade, os Boiadeiros representam a força de vontade, a liberdade e a determinação que existem no homem do campo, assim como, sua necessidade de conviver com a natureza e os animais, sempre de maneira simples, mas com uma força e fé muito grande.
Os Boiadeiros vêm dentro da linha de Oxossi e Ogum. Mas também são regidos por Iansã, tendo recebido da mesma a autoridade de conduzir os eguns da mesma forma que conduziam sua boiada quando encarnados. Levam cada boi (espírito) para seu destino, e trazem os bois que se desgarram (obsessores, quiumbas, etc.) de volta ao caminho do resto da boiada (o caminho do bem).


SOBRE NOSSOS CABOCLOS BOIADEIROS 

Os Caboclos são entidades fortes, virís. Alguns têm dificuldades de se expressar em nossa língua, sendo normalmente auxiliados pelos cambonos. São sérios, mas gostam de festas e fartura. 

Gostam de música, cantam toadas que falam em seus bois e suas andanças por essas terras de meu Deus. Os Boiadeiros também são conhecidos como "Encantados", pois segundo algumas lendas, eles não teriam morrido para se espiritualizarem, mas sim se encantado e transformados em entidades especiais. 

Os Boiadeiros também apresentam grande diversidade de manifestações. Boiadeiro menino, Boiadeiro da Campina, Boiadeiro Bugre e vários outros tipos, sendo que alguns até trabalham muito próximos aos Exus. 

Suas cantigas normalmente são muito alegres, tocadas num ritmo gostoso e vibrante. São grandes trabalhadores, e defendem a todos das influências negativas com muita garra e força espiritual. Possuem enorme poder espiritual e grande autoridade sobre os espíritos menos evoluídos, sendo tais espíritos subjugados por eles com muita facilidade.

Sabem que a prática da caridade os levará a evolução, trabalham incorporados na Umbanda, Quimbanda e Candomblé. 

Fazem parte da linha de caboclos, mas na verdade são bem diferentes em suas funções. Formam uma linha mais recente de espíritos, pois viveram mais com a modernidade do que os caboclos, que foram povos primitivos. Esses espíritos já conviveram em sua ultima encarnação com a invenção da roda, do ferro, das armas de fogo e com a prática da magia na terra. Saber que os Boiadeiros conheceram e utilizaram essas invenções nos ajuda muito para diferenciarmos dos caboclos. 

Sua maior finalidade não é a consulta, como os Pretos-velhos, nem os passes e muito menos as receitas de remédios como os caboclos, e sim o "dispersar de energia" aderida a corpos, paredes e objetos. É de extrema importância essa função pois enquanto os outros guias podem se preocupar com o teor das consultas e dos passes, existe essa linha "sempre" atenta a qualquer alteração de energia local (entrada de espíritos).

Quando bradam alto e rápido, com tom de ordem, estão na verdade ordenando a espíritos que entraram no local a se retirar, assim "limpam" o ambiente para que a prática da caridade continue sem alterações. Esses espíritos atendem aos Boiadeiros pela demonstração de coragem que os mesmos lhes passam e são levados por eles para locais próprios de doutrina. 

Em grande parte, o trabalho dos Boiadeiros se dá no descarrego e no preparo dos médiuns, fortalecendo-os dentro da mediunidade, abrindo as portas para a entrada dos outros guias e tornando-se grandes protetores, como os Exus.

Outra grande função de um boiadeiro é manter a disciplina das pessoas dentro de um Terreiro, sejam elas, médiuns da casa ou consulentes. Costumam proteger demais seus médiuns nas situações perigosas. São verdadeiros conselheiros e castigam quem prejudica um médium que eles gostem. "Gostar" para um Boiadeiro, é ver em seu seu médium: coragem, lealdade e honestidade, só assim ele é considerado um filho para o Boiadeiro. Pois ser filho de Boiadeiro não é apenas tê-lo na coroa.

Trabalham também para Orixás, mas não mudam sua finalidade de trabalho e todos são muito parecidos em sua forma de incorporar e falar, ou seja, um boiadeiro que trabalha para Ogum é praticamente igual a outro que trabalha para Xangô, apenas cumprem ordens de Orixás diferentes, não absorvendo no entanto as características deles.

Dentro dessa linha, a diversidade encontra-se na idade dos Boiadeiros. Existem entidades mais velhas, outras mais novas, e costumam dizer que pertencem a regiões diferentes: Nordeste, Sul, Centro-Oeste, etc... 

Os Boiadeiros representam a própria essência da miscigenação do povo brasileiro: nossos costumes, crendices, superstições e fé.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

COSME,DAMIÃO E DOUM!!!!

A festa de Cosme, Damião irá acontecer no dia 22 de setembro as 17 horas na rua caramuru nº169 cidade edson suzano, quem quiser participar pode vir que estaremos de portas abertas para todos aqueles que vierem.
Venham e tragam seus filhos que daremos bolos e saquinhos de doces.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

HOJE TEM TRABALHO!!!


Os trabalhos estao ocorrendo as quarta-feira e aos sabados as 19:30 se voce tem alguem que esta muito doente ou esta precisando de um ago venham para os trabalhos e conversem com os orixas quem sabe eles nao te ajudam para mais informaçoes fiquem ligados que a qualquer momento estarei postando os dias de trabalhos.
bjjoooossss

HORA DA LIMPEZA!!!!

Pessoal a limpeza do nosso terreiro esta acontecendo no dia seguinte dos trabalhos se voces quiserem ajudar a mae de santo fica agradecida.

ORIXÁ OXÓSSI!!!!


Oxóssi na Umbanda é considerado patrono da linha dos caboclos, atuando para o bem-estar físico e espiritual dos seres humanos.
Segundo esta religião, Oxóssi é figura representativa de uma das sete forças principais de Deus: a força da luta, do trabalho, da providência e da afirmação positiva. Assim, para a Umbanda, Oxóssi representa uma das sete forças primordias de Deus, pertencendo ao pólo positivo das energias espirituais, expandindo, irradiando e impelindo os seres para a construção vigorosa de seus destinos, bem como garantindo que os mais fragilizados encontrem doutrinação firme e amorosa, desenvolvendo seu saber religioso e sua fé.
A figura de Oxóssi tem origem na mitologia africana, para a qual seria um antepassado africano divinizado, filho de Yemanjá, irmão de Omulu-Obaluayê e rei da cidade de Oyó, localizada na África sudanesa - de onde provêm os povos nagô (keto, ijexá e oyó) e mina-jeje. Também é considerado o caçador por excelência; o arqueiro de uma flecha só - sempre certeira.
Umbanda, considerada por muitos como fundada em 1908, é expressão do sincretismo ocorrido no Brasil em razão da perseguição religiosa aos cultos africanos. Por reunir elementos africanos, espiritualistas e cristãos, a figura de Oxóssi pode aparecer, muitas vezes, misturada à figura católica de São Sebastião, nos estados de São PauloRio de Janeiro e estados do demais centro -sul do Brasil, e São Jorge, no estado da Bahia.

Ritos, Símbolos e Oferendas

Por não ser uma religião codificada, a Umbanda apresenta variação de ritos, símbolos e oferendas.
Em geral, considera-se que o dia de Oxóssi é quinta-feira e seu símbolo seria o arco e a flecha em ferro fundidos.
As oferendas a Oxóssi na Umbanda - consideradas pela grande maioria de seus seguidores como ritos que potencializam a energia dos Orixás - são de elementos correlatos à do chacra doplexo solar, bem como ao comprimento de onda de cor amarela. Assim, suas oferendas haveriam de se aproximar de tal padrão energético, seja pela cor do elemento, seja por sua composição. Alguns exemplos de oferendas comuns em vários centros e tendas umbandistas: milho cozido; côco em lascas; girassol; rosas brancas; velas brancas e amarelas; cerveja; licor de caju; flores do campo; entre outros.
Por ser um orixá caçador, logo os negros o associaram a São Jorge, já que este é representado de armadura matando um dragão.

domingo, 29 de abril de 2012

PRETOS VELHOS!!!!!!



Pretos velhos ou Pretos-velhos são entidades de umbanda, espíritos que se apresentam em corpo fluídico de velhos africanos que viveram nas senzalas, majoritariamente como escravos que morreram no tronco ou de velhice, e que adoram contar as histórias do tempo do cativeiro. São divindades purificadas de antigos escravos africanos Sábios, ternos e pacientes, dão o amor, a fé e a esperança aos "seus filhos".
O preto velho, na umbanda, está associado aos ancestrais africanos, assim como o caboclo está associado aos índios e obaiano aos imigrantes nordestinos.
São entidades que tiveram pela sua idade avançada, o poder e o segredo de viver longamente através da sua sabedoria, apesar da rudeza do cativeiro demonstram fé para suportar as amarguras da vida, consequentemente são espíritos guias de elevada sabedoria geralmente ligados à Confraria da Estrela Azulada dentro da Doutrina Umbandista do Tríplice Caminho (AUMBANDHAM - alegria e pureza + fortaleza e atividade + sabedoria e humildade), trazendo esperança e quietude aos anseios da consulência que os procuram para amenizar suas dores, ligados a vibração de Omolu, são mandingueiros poderosos, com seu olhar prescrutador sentado em seu banquinho, fumando seu cachimbo, benzendo com seu ramo de arruda, rezando com seu terço e aspergindo sua água fluidificada, demandam contra o baixo astral e suas baforadas são para limpeza e harmonização das vibrações de seus médiuns e de consulentes. Muitas vezes se utilizam de outros benzimentos, como os utilizados pelo Pai José de Angola, que se utiliza de um preparado de "guiné" (pedaços de caule em infusão com cachaça) que coloca nas mãos dos consulentes e solicita que os mesmos passem na testa e nuca, enquanto fazem os seus pedidos mentalmente; utiliza-se também de vinho moscatel, com o que constantemente brinda com seus "filhos" em nome da vitória que está por vir.
São os mestres da sabedoria e da humildade. Através de suas várias experiências, em inúmeras vidas, entenderam que somente o amor constrói e une a todos, que a matéria nos permite existir e vivenciar fatos e sensações, mas que a mesma não existe por si só, nós é que a criamos para estas experiências, e que a realidade é o espírito. Com humildade, apesar de imensa sabedoria, nos auxiliam nesta busca, com conselhos e vibrações de amor incondicional. Também são mestres dos elementos da natureza, a qual utilizam em seus benzimentos.
Os Pretos Velhos: Os espíritos da humildade, sabedoria e paciência.
Os Pretos Velhos são entidades cultuadas pelas religiões afro-brasileiras, em especial a Umbanda. Nos trabalhos espirituais desta religião, os médiuns incorporam entidades que possuem níveis de evolução e arquétipos próprios. Estas se dividem em três níveis:
As Crianças – chamadas beijada, são espíritos ditos mortos quando ainda criança que representam a pureza, a inocência, daí sua característica infantil.
Os Caboclos – onde se incluem os Boiadeiros, Caboclos e Caboclas, representam a força, a coragem, portanto apresentam a forma do adulto, do herói, do guerreiro, do índio ou soldado.
Os Pretos Velhos – incluem os Tios e Tias, Pais e Mães, Avôs e Avós todos com a forma do idoso, do senhor de idade, do escravo. Sua forma idosa representa a sabedoria, o conhecimento, a fé. A sua característica de ex-escravo passa a simplicidade, a humildade, a benevolência e a crença no “poder maior”, no Divino.
Ficheiro:Pretos velhos.png
Casal de Pretos-Velhos
A grande maioria dos terreiros de Umbanda, assim também suas entidades possuem a fé Cristã, ou seja, acreditam e cultuam Oxalá (no sincretismo com o catolicismo Jesus). Entidades aqui tomada no sentido de espíritos que auxiliam aos encarnados, o mesmo que guia de luz. Segundo o pesquisador Rafael Dias, o preto velho é uma espécie de metáfora afro-brasileira de Jesus Cristo.
A característica desta linha seria o conselho, a orientação aos consulentes devido a elevação espiritual de tais entidades, são como psicólogos, receitam auxílios, remédios e tratamentos caseiros para os males do corpo e da alma.
Os Pretos velhos seriam as entidades mais conhecidas nacionalmente, mesmo por leigos que só ouviram falar destas religiões afro-brasileiras. O Preto velho é lembrado também pelo instrumento que normalmente utiliza, o cachimbo.
Os nomes de alguns Pretos Velhos comuns de que se tem notícia são Pai João, Pai Joaquim de Angola, Pai José de Angola, Pai Francisco, Vovó Maria Conga, Vovó Catarina. Pai Jacó , Pai Benedito, Pai Anastácio, Pai Jorge, Pai Luís, Mãe Maria, Mãe Cambina, Mãe Sete Serras, Mãe Cristina, Mãe Mariana, Maria Conga, Vovó Rita, Vovó Joana dentre outros.
Na Umbanda os Pretos velhos são homenageados no dia 13 de maio, data que foi assinada a Lei Áurea, a abolição da escravatura no Brasil.
Os pontos servem para saudar a presença das entidades, firmar sua força durante os trabalhos espirituais e envolver a todos presentes, mas principalmente aos médius de incorporação, como uma harmonia a ajudá-los a se desligarem para que esta ocorra.
Pontos de preto velho:
Saudação dos Pretos Velhos quando iniciada uma gira
Bate tamborlá na Angola, bate tambor
Bate tambor
lá na Angola, bate tambor...
Bate tambor, Pai Joaquim*...
Bate tambor, Maria Conga*...
Bate tambor, Pai Mané*...
(* coloca-se o nome dos pretos velhos da casa)

Eu andava perambulando,
sem ter nada p'ra comer
Fui pedir as Santas Almas
Para vir me socorrer
Foi as Almas que me ajudou
Foi as almas que me ajudou
Meu Divino Espírito Santo
Glória Deus, Nosso Senhor
Nessa casa
tem quatro cantos
Cada canto tem um santo
Pai e filho, Espírito Santo
Nessa casa tem 4 cantos...

Quem vem, que vem lá de tão longe?
São os pretos velhos que vem trabalhar
Quem vem, que vem lá de tão longe?
São os pretos velhos que vem trabalhar
Ô da-me forças pelo amor de Deus, meu pai
Ô da-me forças pros trabalhos teus

Zum zum zum
Olha só Jesus quem é
Eu rezo para santas almas
Inimigo cai
Eu fico de pé

O preto por ser preto
Não merece ingratidão
O preto fica branco
Na outra encarnação
No tempo da escravidão
Como o senhor me batia
Eu chamava por Nossa Senhora, Meu Deus!
Como as pancadas doíam

Tira o cipó do caminho,
oi criança
Deixa a vovó atravessar
Tira o cipó do caminho,
oi criança
Deixa a vovó atravessar

A bença Vovô
Quando precisar lhe chamo
A bença Vovô
Quando precisar lhe chamo
Zambi lhe trouxe, Zambi vai lhe levar
Agradeço a toalha de renda de chita de pai Oxalá

Vovô já vai, já vai pra Aruanda...
Abença meu pai, proteção pra nossa banda
Pontos de Pretos Velhos:
Negro está molhado de suor, mas tá feliz porque Deus o libertou (bis);
Ô sinhá sinha, segura a chibata não deixa bater, faz uma prece prá negro morrer, negro não quer mais sofrer (bis);
Ponto p/firmar a gira: Viva Deus, viva a Gloria, viva o rosário de nossa Senhora (bis);
Ponto para benzimentos: Pai João d"angola com sua ternura, sentado no tronco ele benze as criaturas(bis), a estrela de Oxalá seu ponto iluminou, ele é Pai João d"angola ele é nosso protetor;
Ponto de subida de pretos velhos: Já vai pretos velhos subindo pro céu e nossa senhora cobrindo com véu (bis).
A linha de Preto velho, na Umbanda, são entidades que se apresentam estereotipados como anciãos negros conhecedores profundos da magia Divina e manipulação de ervas, o qual aplicam frequentemente em sua atuação na Umbanda, porém no Candomblé são considerados Eguns.
Crê-se que em referência à dor e aflição sofrida pelo povo negro (período de trevas no território brasileiro), a linha de preto velho reflete a humildade, a paciência e a perseverança característica da atuação da linha nominada de Yorima, cujo apresenta-se de pés no chão, cachimbo de barro bem rústico, quando não cigarro de palha, café, e um fio de contas de rosários (Lágrima de Nossa Senhora) e cruzes, figas e patuás os quais utilizam magisticamente em sua atuação astral.
Os pretos velhos apresentam-se com nomes de individualizam sua atuação, do Congo, de Angola, evidenciando sua atuação propriamente dita e procedência.
Em sua linha de atuação eles apresentam-se pelos seguintes codinomes, conforme acontecia na época da escravidão, onde os negros eram nominados de acordo com a região de onde vieram:
  • Congo_ Ex: (Pai Francisco do Congo), refere-se a pretos velhos ativos na linha de Iansã;
  • Aruanda_ Ex: (Pai Francisco de Aruanda), refere-se a pretos velhos ativos na linha de Oxalá. (OBS: Aruanda quer dizer céu);
  • D´Angola_ Ex: (Pai Francisco D´Angola), refere-se a pretos velhos ativos na linha de Ogum;
  • Matas_ Ex: (Pai Francisco das Matas), refere-se a pretos velhos ativos na linha de Oxóssi;
  • Calunga, Cemitério ou das Almas_ Ex: (Pai Francisco da Calunga, Pai Francisco do Cemitério ou Pai Francisco das Almas), refere-se a pretos velhos ativos na linha de Omolu/ Obaluayê;
Entre diversas outras nominações tais como: _Guiné, Moçambique, da Serra, da Bahia, etc...
Muitos Pretos velhos podem apresentar-se como Tio, Tia, Pai, Mãe, Vó ou Vô, porém todos são Pretos velhos. Na gira eles só comem o que for feito de milho como por exemplo:
  • Bolo de milho, pamonha, cural e etc.
"AS SETE LÁGRIMAS DE UM PRETO VELHO".
Num cantinho de um terreiro, sentado num banquinho, fumando o seu cachimbo um triste Preto Velho chorava. De seus olhos molhados, esquisitas lágrimas desciam-lhe pela face e... Foram sete.
A Primeira... A estes indiferentes que vem no Terreiro em busca de distração, para saírem ironizando aquilo que suas mentes ofuscadas não podem conceber;
A Segunda... A esses eternos duvidosos que acreditam, desacreditando, na expectativa de um milagre que os façam alcançar aquilo que seus próprios merecimentos negam;
A Terceira... Aos maus, aqueles que somente procuram a umbanda em busca de vingança, desejando sempre prejudicar ao semelhante;
A Quarta... Aos frios e calculistas, que sabem que existe uma força espiritual e procuram beneficiar-se dela de qualquer forma, e não conhecem a palavra gratidão;
A Quinta... Chega suave, tem o sorriso, o elogio da flor dos lábios, mas se olharem bem seu semblantes verão escrito: creio na Umbanda, nos teus Caboclos e no teu Zambi, mas somente se resolverem o meu caso ou me curarem disto ou daquilo;
A Sexta... Aos fúteis, que vão de centro em centro, não acreditando em nada, buscam aconchego, conchavos e seus olhos revelam um interesse diferente;
A Sétima... Como foi grande e como deslizou pesada! Foi à última lágrima, aquela que vive nos olhos de todos os Orixás. Aos médiuns vaidosos (as), que só aparecem no Centro em dia de festa e faltam as doutrinas. Esquecem que existem tantos irmãos precisando de caridade e tantas criancinhas precisando de amparo material e espiritual.
  • As Sete Lágrimas De Um Preto Velho

quinta-feira, 29 de março de 2012

HOJE TEM FESTAAA .....

Ola so passei pra deixar um pequeno recado para voces que dia 14 de abril vai ter uma homenagem para o orixa OGUM voces nao podem perder vai ser na rua caramuru nº 169 cidade edson suzano venham e n percam e o q voces trouxerem garanto que os orixás irão dar em dobro para voces.....

terça-feira, 13 de março de 2012

BAIANO BOM, BAIANO BOM

Baianos são uma linha de trabalhadores de Umbanda pertencentes à chamada Linha das Almas, a mesma dos Pretos-Velhos / Pretas-Velhas. Suas giras são encontradas sobretudo em São Paulo. A correspondência no Rio de Janeiro é com a linha dos Malandros, cujo maior representante é Zé Pelintra. Outras linhas trabalham na gira dos baianos como por exemplo: Boiadeiros, Marinheiros e em alguns terreiros os Mineiros.
Sempre com seu coco (mistura de cachaça e mel colocada dentro de um coco), a linha baiana está sempre disposta a ajudar os filhos de fé com seus conselhos e sua proteção. Esta linha trabalha tanto na Umbanda quanto na Quimbanda, geralmente não descendo nos trabalhos de esquerda (exceto Zé Pelintra), mas tendo a sua permissão para atuar na Quimbanda no plano espiritual.

domingo, 11 de março de 2012

NOSSO TERREIRO É ASSIM........

 Chapéu do marinheiro,
 algumas imagens,
 o laguinho,
nossa senhora e JESUS,
 algumas imagens,
 as guias da mae de santo,
 o terreiro de frente,
de frente novamente,
as atabake,
 capa de ogum, cadeira do marinheiro e o banco do boiadeiro,

sagrado coraçao de JESUS,
 OXÁLA,
 outras imagens,
pretos velhos,
sao cosme e sao damiao e as quartinhas,

 xângo e baluae,
mais imagens,
 os bancos da assistencia,
 assistencia de frente,
e ze pilintra.

sexta-feira, 2 de março de 2012

ORIXÁ OGUM



OGUM é o Deus da Guerra, do fogo e da tecnologia, foi Ele que criou as máquinas para a agricultura e ensinou as labores manuais.   Ele ensinou aos homens a trabalhar o ferro com o fogo.
De gênio impaciente e determinado este Orixá usa a espada para abrir seus caminhos e derrotar seus inimigos. Ele sempre vem em primeiro lugar, antes de todos. Representa o líder nato.

Vestindo roupas azuis, vermelhas ou amarelas e adornadas com contas azuis, vá à luta sem medidas.
Seu dia de culto e honra é a terça feira. Para agradá-lo oferecem-se as comidas da sua preferência: feijoada, inhame e xinximacompanhados da sua bebida predileta: cerveja.

Ogum usa seu poder e sua espada para socorrer rapidamente aquele que o invoca. Mas se for invocado de um modo negativo Ele deixará sua espada se abater sobre quem foi injusto.

A Ogum corresponde o número 7, segundo uma lenda dos Orixás que conta que Ogum mantinha um relacionamento de amor com Iansã, Ela o ajudava no seu trabalho carregando seus ferros e ativando com o fole o fogo da forja.  Um dia Iansã lhe deu de presente uma vara de ferro que tinha o poder de dividir os homens em sete pedaços e as mulheres em nove se forem tocados por ele. Ogum e Iansã eram sempre visitados por Xangô, o Orixá da Justiça e da riqueza. Sendo muito elegante e rico soube cativar Iansã que um dia fugiu com ele abandonando Ogum. Este último os perseguiu e encontrando-os os tocou com a vara de ferro, mas Iansã também mexeu no ferro e tocou Ogum, assim Ele foi dividido em sete pedaços e Iansã em nove.

Dia 19 de abril é comemorado a festa de Ogum.